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Braza

by BRAZA

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1.
Segue o Baile (Danilo Cutrim, NícolasFassano, Vitor Isensee) Escrevo porque não tenho o dom do freestyle Ela quebra, requebra, remexe ao som do timbale O agora é a única coisa que vale Se erra, conserta, volta pro tom, e segue o baile Segue o baile, segue a vibe até o amanhecer Que momento! No talento, faz por merecer Troca o disco, corre o risco, e vamo sem dublê À mercê do que não se pode prever A massa reunida é um lazer só Vagabundo se diverte on the floor Seguindo a embolada, vai no reggae, vem no ragga, Grajamaica na pegada hardcore Escrevo porque não tenho o dom do freestyle Ela quebra, requebra, remexe ao som do timbale O agora é a única coisa que vale Se erra, conserta, volta pro tom, e segue o baile Segue o baile, segue a vibe,nous sommes arrivés E a danada da cachaça é massa, faz arder Eu respeito e dou direito a quem quer karatê Mas eu só fico no thc A massa reunida é o estopim Vale muito mais que ouro e marfim Fluindo na jornada, não se compra, não se paga A emoção que diz: “Ainda bem que eu vim” Escrevo porque não tenho o dom do freestyle Ela quebra, requebra, remexe ao som do timbale O agora é a única coisa que vale Se erra, conserta, volta pro tom, e segue o baile
2.
Oxalá 03:19
Oxalá (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar Habeas Corpus moral, apneia mental Imperativo espiritual O fogo queima, o coral corta Se não há risco a criatura é morta Só você pode se conhecer Seu equilíbrio, sua verdade Se aquele instinto é uma necessidade E a trindade nesse trinômio: Você, seus anjos e seus demônios Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar O que eu estou fazendo da minha vida? O que eu estou fazendo da minha vida? Lambendo a carne viva com o dedo na ferida Brindando a existência e aprendendo a distinguir A hora de refrear, a hora de transgredir Chorando minhas dores, moldandomeus valores Tacou pedra, finto a pedra. Tacou flores, voltam flores É uma linha tênue, é menos que um semitom Quando o bom não é o certo, quando o certo não é bom Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar Ah minha vida toda! Um ato de desapego Do corpo, do casamento, do parente, do emprego Fé é confiança, no que quer que se invista Tem fé o ateu, tem fé o cientista Me curvo humildemente ante aquilo que não sei Acredito no Amor, ganho o jogo no fair play Só não espero a providência pra encontrar a minha essência Pois não há um salvador que nos tire essa incumbência Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar
3.
Normal 03:28
Normal (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee, Monkey Jhayan) Quebrando paradigma para não ficar dormente Diante do enigma ou mero acidente Nossa força é digna, é o elo da corrente Sorte, Na disposição a gente dropa e põe no corte Sangue e suor vêm incluídos no pacote Tamo protegido e atento ao rebote Rio de Janeiro, parceiro, tem que ter Sorte, Mesmo sendo ateu tu pode crer que o santo é forte Moro lá na sul, mas com sangue da zona norte Bonde onde o lema é independência ou morte Rio de janeiro, parceiro, é Normal, chega na humilde que é tratado igual Ligação direta que não tem ramal Sente a atmosfera, relaxa se páespera Vem com garra e na cautela, aí fera, não leve à mal Normal, chega na humilde que é tratado igual Ligação direta que não tem ramal Sente a atmosfera, o surdo que reverbera Tipo a série em Zicatela, é à vera, é normal Quebrando paradigma para não ficar dormente Diante do enigma ou mero acidente Nossa força é digna, é o elo da corrente Rio de Janeiro, São Paulo, Brasil Palavra que fere mais que bala de fuzil Munição no pente, pronto para atirar Se apertar o gatilho não tem volta Puro Faya! Levando a mensagem no hardcore ou no naya Contra o sistema que ramela e só da falha Mira direcionada pra toda maracutaia Com nós e no fio da navalha Brasa viva que queima a babylon Se espalha como lava de vulcão Fogo ardente que dispara o canhão Trazendo autoestima para todos irmãos Saia, esse jogo político te leva ao nada Nossa música crava estaca no vampaia Toda a corja do mal que quer ver meu povo na lama Nunca possuirão nossa alma Quebrando paradigma para não ficar dormente Diante do enigma ou mero acidente Nossa força é digna, é o elo da corrente Rema! O ser é um artista e a vida é seu poema E essa mesma vida é curta pra ser pequena Dentro dele próprio está a chave da algema Tamo nessa GIG, então vive, se joga e Rema! Vou dançar descalço na brasa da Mãe suprema Deixo ir embora a culpa que envenena Tá tudo perdoado, sintonizo minha antena Calma no terreiro, guerreiro, que é Normal, chega na humilde que é tratado igual Ligação direta que não tem ramal Sente a atmosfera, relaxa se páespera Vem com garra e na cautela, aí fera, não leve à mal Normal, chega na humilde que é tratado igual Ligação direta que não tem ramal Sente a atmosfera, o surdo que reverbera Tipo a série em Zicatela, é à vera, é normal Quebrando paradigma para não ficar dormente Diante do enigma ou mero acidente Nossa força é digna, é o elo da corrente
4.
Embrasa 03:24
Embrasa (Danilo Cutrim, NícolasFassano, Vitor Isensee) E eu vou pra Maracangalha Bailar depois da batalha E eu vou pra Maracangalha Viver e fazer que valha Embrasa, senteem casa,quetá bom pra mim Passa bola, não enrola que hoje eu tôafim Abre a roda que tá foda, vai mexendo assim Arrasta a sandália e vai no passim Eu me perco quando ela mexe o bumbumbum Se o amigo tá zerado faz um ratatá E se os homivem e chegam é um zumzumzum E falar mal do sistema é um pega pra capar Se afasta energia nefasta Que o tempo se arrasta pro fim Se mostra com a alma exposta Não espere resposta de mim Já basta de canalha e coisa ruim Morde a faca, pé na jaca E vai descendo assim E eu vou pra Maracangalha Bailar depois da batalha E eu vou pra Maracangalha Viver e fazer que valha A vida tá sofrida pros sem abadá Cruel é o aluguel e as contas pra pagar Pesado o mercado e o IPCA Mas me esforço, tudo nosso, sem colher de chá Artista terceiro mundista O som é pra pista embrasar Ô glória! Façamos história Que a nossa vitória é pra já Porque estar vivo é motivo pra comemorar Em frente, bravamente, que pra trás não dá E é só alegria se o bagulho é do bom Lá do baile em Madureira ao barzim no Leblon Quero ver acelerar e acompanhar o debom Porque quase todo dia é dia de réveillon E eu vou pra Maracangalha Bailar depois da batalha E eu vou pra Maracangalha Viver e fazer que valha
5.
Easy Road 03:03
Easy Road (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee, Mykal Rose) Easy road, Brother, there’s no easy road Easy road, Brother, there’s no easy road Burning bright You know you got to burn bright Burning bright You know you got to burn Escorre pela mão, estilhaça pelo chão Vem o imponderável e te deixa sem Abraça a sorte, a morte não poupa ninguém E desconstruir, para progredir This is what it takes to be a man This is what it takes to be a human Easy road, Brother, there’s no easy road Easy road, Brother, there’s no easy road Burning bright You know you got to burn bright Burning bright You know you got to burn Uplift yourself and don’t be a bum Cheer up yourself and have some fun Know that the things that ghetto youths face Everyday they get shot by the gun Learn by your mistakes my friends Don’t you ever go astray Because you see them set the trap everyday To make sure that the youths go a jail everyday Easy road, Brother, there’s no easy road Easy road, Brother, there’s no easy road Burning bright You know you got to burn bright Burning bright You know you got to burn
6.
Pedro Pedreiro Parou de Esperar (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Nasci pobre, favelado, sem recato e sem madrinha Vi meu pai estuprar minha mãe, muito doido de farinha Logo cedo fui pro mundo, assaltar, catar latinha Tinha sangue nos meus olhos porque a raiva me convinha Cresci na rua e vi a crua crueldade do animal De cimento fiz a cama e de grades meu varal Desprovido e excluído no sentido literal Menos apto segundo o darwinista social Aos vinte veio a sorte num abrigo milagreiro Onde aprendi as letras e o ofício de pedreiro Acordava ainda escuro, no flagelo por dinheiro Não esperava do futuro o alívio derradeiro Construí um shopping onde eu nunca passeei Prédios e escolas onde eu nunca estudei Ao lado de Mariléia eu formei uma família E o amor que nunca tive, vi nos olhos da minha filha No mar competitivo meu lar era uma ilha Até que um dia o infortúnio cruzou a minha trilha Canelas pretas e blindados invadindo a favela Gritaria, moto-taxis, confronto na viela Um senhor de braços fortes como um escravo de Benguela Agonizava nos meus braços, alvejado na costela Toda a minha vida e o que vira até então Fez sentido nas palavras desse velho ancião “Vítimas e algozes, todos somos, todos são Nas metrópoles em chamas, irmão contra irmão” Não espero mais a morte, nem o norte nem o trem Eu me chamo Pedro, e você sou eu também
7.
Além 03:42
Além (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Encontrar em si o além E transpor o mal e o bem Quando enxergo com amor A incerteza de quem sou Ergo os meus braços e meu coração Por cada grão E cada gota desse mar Glória à força viva que atua em mim! O bom e o ruim A Vida vem nos lapidar Encontrar em si o além E transpor o mal e o bem Quando enxergo com amor A incerteza de quem sou Ajoelho-me diante desse altar Conduza-me adiante, faz me par Dói quando nos mói ao depurar Cada teu herói que luta No quebrar das ondas, no rever dos fatos No pagar das contas, no lavar dos pratos E vê a multidão que corre, e se dissolve Cada ator que nasce, cumpre seu papel e morre Cada ator que nasce, cumpre seu papel e morre Ergo os meus braços e meu coração Por cada grão E cada gota desse mar Glória à força viva que atua em mim! O bom e o ruim A Vida vem nos lapidar
8.
We Are Terceiro Mundo (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Depois da bossa nova e do clichê tropical Muito mais do que novela, futebol e carnaval É a periferia multicultural Espontânea rebeldia de um Brasil marginal Polícia, milícia, medo e coerção Latifúndio da terra e da comunicação É o índio de Iphone, é o menino de Belém E a novinha de barriga pra ganhar outro neném Tem racismo? Tem. E um abismo, man Entre a cerveja artesanal e o camelô que vem no trem Esgoto a céu aberto, telha de amianto Tem padre, pastor, tem pajé e pai de santo A floresta sente o fel, o agrobusiness quer bis Do poder do anel na caneta do juiz Mas o instinto criativo dribla a sanha opressora Porque em terra de saci, qualquer chute é voadora São muitos os Brasis, perceba no sotaque Mas todos gritam juntos com a seleção no ataque Coxinha, petralha, Gregório, Constantino Sem água na torneira têm o mesmo destino De carona nos tratores do progresso inevitável Haja eucalipto e copinho descartável Se o Neymar é pica, se a Gisele é zica O deputado mais votado da eleição é o Tiririca Onde tudo se discute, menos a democracia Sequestrada e amputada, Saramago advertia A cultura cria, o mercado se apropria “Je suis Amarildô”, mas a justiça tem miopia O que não tem é derrotismo que abale a auto-estima Do mulato, bastardo, anti-herói, Macunaíma Bota água no feijão e afina o tamborim De cabeça erguida ostento o orgulho tupiniquim
9.
10.
Subindo Santa (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Não sei se foi o Haxi, só sei que foiconfuso Não sei se me permito, não sei se me abuso É um desalento doido, é uma coisa assim que dá Preciso me esvair, preciso vomitar Vida, milagre mesmo quando te estraçalha Krishna eArjunaestão no campo de batalha Aumento o som do fone pra tapar o da sirene E não há moral ou crença no mundo que me condene Penso na morte, no norte, no corte, no século XXI E que o moleque amarrado no poste, não come sashimi de atum Geração Gratidão, saudação ao Sol Sociedade dopada deProzac eRohypnol Inevitável são tristeza e aflição Mas triste é essa moda de angústia e depressão PorqueDeus é verbo, não é substantivo Então enxuga esses olhos porque, mano, tu tá vivo! Eu quero é ver e ser visto, querer e ser quisto Sem culpa cristã, no amor de Jesus Cristo Quero a geladeira cheia, expressar-me por inteiro Às vezes mais Chorão, às vezes mais Camelo Tá tudo por um fio, tá tudo por um triz E todo ser humano quer amar e ser feliz Por isso nego samba, brinca, queima sutiã Por isso tá explicado o sucesso do Instagram Mondrian, Matisse, Basquiat eSoulages Churrasquinho de peixe com a rapeize na laje Massagem da gata,pimenta, proposta E um tapinha na bunda, com carinho ela gosta Eu quero tudo isso, quero vê geral crescer Quero ver geral se amando, tipo em onda de MD Não é inconsequência, nem rebeldia vã Mas só por hoje a noite, que se foda o amanhã
11.
Tanto 03:54
Tanto (Danilo Cutrim, Nícolas Fassano, Vitor Isensee) Quanto, Ele e ela e o gosto do encanto Puro acaso escrito entre tantos Deixa a Vida unir ou separar Tanto, depois de um dia de gala Janeiro banhava a cidade Com o hálito fresco da noite E o céu tropical cintilava Saíram pra rua sorrindo O show prometia o bailado De almas que, interagindo, Viviam o seu bronzeado Dos copos na mão, aos corpos ao chão Mostrando a intenção, não tinham noção do Quanto, Ele e ela e o gosto do encanto Puro acaso escrito entre tantos Deixa a Vida unir ou separar Tanto, na hora em que o brilho dos olhos Diz muito mais do que os lábios E fluem por todos os poros Hormônios sinceros e sábios A sede do instinto pedindo Transcende o certo e o errado E o Amor que se basta existindo Não tem que ser justificado Num quarto pra dois, verdade é o que sois A Lua se pôs, o que vem depois? Quanto, Ele e ela e o gosto do encanto Puro acaso escrito entre tantos Deixa a Vida unir ou separar
12.
Jaya 04:09
BRAZA Jaya (Danilo Cutrim, NícolasFassano, Vitor Isensee) Jaya! E se der sol de manhã, é praia Se der lua de noite, é faya! Minha fé, minha guardiã Jaya! Antes que a humanidade caia Corre o mundo e bota a cara Porque não existe amanhã Fogo, que arde, angustia Vida, milagre, que recria Tempo é remédio, anistia Certo é que não há garantia E eu, desconstruindo eu E nós Jaya! E se der sol de manhã, é praia Se der lua de noite, é faya! Minha fé, minha guardiã Jaya! Antes que a humanidade caia Corre o mundo e bota a cara Porque não existe amanhã Arte, que cobra ousadia Mundo é palco, poesia Vento Sudoeste anuncia “Faz teu melhor e confia” E eu, desconstruindo eu E nós Jaya! E se der sol de manhã, é praia Se der lua de noite, é faya! Minha fé, minha guardiã Jaya! Antes que a humanidade caia Corre o mundo e bota a cara Porque não existe amanhã

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released March 1, 2016

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